May 20, 2025
A eficácia variável dos dispersantes na dispersão do preto de carbono pode ser analisada em pormenor a partir dos seguintes aspectos:
1. Diferenças nas estruturas químicas dos dispersantes
Dispersantes iónicos versus não iónicos
Dispersantes iônicos (por exemplo, aniônicos, catiônicos): estabilizam partículas de carbono negro através de repulsão eletrostática, adequados para meios polares (por exemplo, água).A eficiência de adsorção depende da carga superficial do negro de carbono.
Dispersantes não-oniônicos (por exemplo, poliéter, poliéster): dependem de uma barreira estérica, adaptáveis a solventes não polares (por exemplo, sistemas orgânicos em tintas ou revestimentos).
Peso molecular alto versus baixo
Dispersantes de alto peso molecular: Formam camadas de adsorção grossas para uma estabilização estérica mais forte, mas podem sofrer de má solubilidade, reduzindo a eficiência de dispersão.
Dispersantes de baixo peso molecular: Adsorvem rapidamente, mas não possuem uma barreira estérica suficiente, o que leva à instabilidade durante o armazenamento a longo prazo.
2Influência das propriedades da superfície do negro de carbono
Grupos funcionais de superfície
As superfícies negras de carbono podem conter hidroxila (-OH), carboxila (-COOH) ou outros grupos.Amina) apresentam adsorção mais forte e melhor dispersão.
Exemplo: Dispersantes à base de ácido carboxílico ligam-se mais eficazmente ao negro de carbono rico em hidroxila.
Área de superfície específica e porosidade
O preto de carbono de grande superfície (por exemplo, N330) requer mais dispersante para cobrir completamente a superfície; a adsorção inadequada leva a uma dispersão desigual.
O negro de carbono poroso (por exemplo, N550) pode necessitar de dispersantes que penetrem nos poros para evitar a ponte e a aglomeração.
3Medium de dispersão e condições de processo
Polaridade média
Sistemas aquosos: exigem dispersantes hidrófilos (por exemplo, poliacrilatos) para estabilidade.
Sistemas não polares: necessitam de dispersantes hidrofóbicos (por exemplo, ésteres de fosfato) para compatibilidade com solventes.
Valor de pH
Os dispersantes iónicos funcionam de forma óptima a níveis de pH específicos (por exemplo, os dispersantes aniónicos funcionam melhor em condições alcalinas).
A carga da superfície do negro de carbono varia com o pH, afetando a adsorção do dispersante.
Força de cisalhamento e tempo de dispersão
Os equipamentos de alto corte (por exemplo, moinhos de contas) aumentam o contato entre o dispersante e o preto de carbono, mas exigem dispersantes resistentes ao corte.
O tempo de dispersão insuficiente pode conduzir a uma adsorção incompleta, causando reaglomeração ao longo do tempo.
4. Concentração do dispersante e efeitos sinérgicos
Concentração ótima
Subdosagem: não cobre completamente as superfícies de negro de carbono, deixando áreas propensas à aglomeração.
Sobredosagem: Pode causar floculação de ponte devido a entrelaçamento molecular ou desestabilizar o sistema.
Aditivos sinérgicos
Agentes hidratante(por exemplo, glicol de etileno) pode acelerar a penetração do dispersante nas superfícies de preto de carbono.
Outros aditivos (por exemplo, desespumantes, niveladores) podem interferir na adsorção do dispersante, exigindo uma formulação equilibrada.
5Tipo e requisitos de aplicação do preto de carbono
Graus de carbono preto
Negro de carbono de alto pigmento (por exemplo, FW200): pequeno tamanho de partícula, grande área de superfície, requer dispersantes de alta eficiência (por exemplo, hiperdispersantes como Solsperse 32500) para evitar aglomeração.
Carbono negro de uso geral (por exemplo, N330): mais fácil de dispersar; os dispersantes convencionais (por exemplo, policarboxilatos) são suficientes.
Requisitos relativos à utilização final
Revestimentos: Dispersantes devem:evitar a liquidaçãosem comprometer o brilho.
Tintas: exigem dispersão em nanoescala para a nitidez da impressão, com controle de reologia preciso.
6Comparações de casos práticos
Caso 1: Utilização de policarboxilato de amónio (baixo peso molecular) para o negro de carbono N330
Vantagens: adsorção rápida, boa dispersão inicial.
Desvantagens: reaglomeração pós-armazenamento devido a uma barreira estérica insuficiente.
Caso 2: Utilização de dispersantes de copolímero em bloco (por exemplo, BYK-163) para o preto de carbono FW200
Vantagens: Estabilidade a longo prazo, mantém a dispersão sob grande cisalhamento.
Desvantagens: Custo mais elevado; sobredosagem aumenta o risco de viscosidade.
Resumo
As diferenças no desempenho do dispersante decorrem da interação das estruturas químicas, das propriedades da superfície do negro de carbono, das condições do meio e dos parâmetros do processo.As principais considerações para a selecção incluem::
Características da superfície do negro de carbono correspondentes (grupos funcionais, área de superfície).
Adaptação ao meio (aquoso/não polar, pH).
Optimização dos parâmetros do processo (força de corte, tempo de dispersão).
Equilíbrio entre custos e desempenho (concentração, aditivos sinérgicos).
A validação experimental (por exemplo, análise do tamanho das partículas, ensaios de estabilidade de armazenamento) é essencial para identificar a solução dispersante ideal.